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Back to Nárnia, again!

Atualizado: 13 de fev. de 2020

Há alguns anos, voltando com o meu irmão Mário de São Gabriel, cidade do interior do RS, após o enterro de meu pai, encordoamos uma série de "papos cabeça", possivelmente pelo peso do momento e da necessidade de reflexão sobre o sentido da vida. Percebemos, no curso da nossa conversa, que o universo das experiências humanas é muito vasto e que buscamos sempre algo mais adiante e que nos projete ao futuro. Ao mesmo tempo, e paradoxalmente, os esqueletos que guardamos em nosso armário de dores e sofrimentos, ficam sempre próximos de nós a nos assombrar e a atrapalhar os nossos progressos. É como se houvesse um grande ralo universal que nos puxasse para, de onde, desesperadamente tentamos sair.

Eis a melhor descrição de minha relação com o universo nem tão onírico de Nárnia, toda vez que tento dele sair, o grande ralo universal me puxa de volta, obrigando-me a descrever o que se passa neste reino surreal onde o absurdo é normal e o normal absurdo.

O pior de tudo que escrever sobre Nárnia é viciante e contagiante, tanto que os meus amigos Silvio Munhoz e Adriano Marreiros não mais conseguem afastar os acontecimentos do reino de suas produções textuais.

Pois bem, vamos às últimas novidades narnianas.

Em Nárnia, como todo mundo sabe, unicórnios em conflito com a lei, eufemismo lá utilizado para definir malfeitores, somente assim podem ser considerados e presos  após o trânsito em julgado do último dos últimos dos recursos que, naquelas paragens, são intermináveis. Lá vigora o princípio da infindável, estratosférica e inacabável presunção de inocência.

Dia destes, no entanto, a Suprema Legislatura de Nárnia achou que isso, tão somente, não era suficiente para proteger os "desvalidos" da sorte e resolveu criar A Lei do  Unicórnio em Conflito com A Lei Feliz.

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